São consistentes e positivas as principais estatísticas sobre o desempenho da inseminação artificial no primeiro trimestre do ano. As exportações de sêmen cresceram 49% e a produção saltou 10% em comparação com o mesmo período de 2023. Os dados são do Index ASBIA, mais completo relatório de inseminação artificial do país, elaborado pelo Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), para a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).
“Em vendas externas, saltamos de 133.817 doses embarcadas no 1º trimestre do ano passado para 199.631 doses. A coleta de sêmen saiu de 4.251.208 doses para 4.718.235 doses”, informa Cristiano Botelho, executivo da Asbia.
A importação de doses de sêmen recuou de 949.718 para 866.318 (-9%) no período. Considerando o total importado e o coletado no primeiro período trimestral do ano, o mercado brasileiro cresceu 6,7%. “Com mais doses movimentando o mercado nacional, mais genética melhoradora está sendo inserida nas propriedades rurais”, destaca Botelho.
As vendas para cliente final – àquelas destinadas a produtores rurais para uso na reprodução e melhoramento genético de rebanho próprio – apresentaram recuo de 9%: passando de 3.847.469 doses (1º tri 2023) para 3.507.389.
Cristiano Botelho entende que alguns dados são extremamente significativos quando avaliados sob um histórico recente. “A produção de doses de sêmen com aptidão para produção de leite é a segunda maior dos últimos seis anos, considerando o primeiro trimestre. O Index Asbia também destaca o importante crescimento em doses de aptidão para corte nesse período: maior do que os últimos seis anos”.
O executivo da ASBIA destaca o vigor da genética voltada à pecuária leiteira nesse início do ano. “É o início mais consistente desde 2018, seja em doses entregues em contratos de prestação de serviço ou em doses comercializadas para clientes finais. “Assim como os pecuaristas de corte, os produtores de leite brasileiro investem forte em genética bovina. Sem dúvida, isso proporcionará importantes índices zootécnicos em futuro recente, com destaque para o aumento da produtividade”, finaliza Botelho.
(Notícias Agrícolas)