Divulgado nesta quinta-feira (11), o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta a safra 2022/23 de soja inferior à quantidade estimada pelas consultorias e, até mesmo, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Enquanto as empresas e a entidade projetam que o Brasil deve colher acima de 150 milhões de toneladas, sendo que algumas indicações, como a de Safras & Mercado e Datagro, indicam números superiores a 155 milhões de toneladas, o Instituto vai na contramão.
Isso porque, conforme o IBGE, a produção nacional de soja deve somar 149,1 milhões de toneladas, uma elevação de 24,7% em relação ao produzido no ano passado. Vale lembrar que a metodologia de cálculo do Instituto é diferente das adotadas pelo mercado, computando o ano safra.
Aumentos para milho e algodão
Já a produção nacional de milho foi estimada em 119,9 milhões de toneladas, com crescimento de 8,8% ante 2022.
Assim, a lavoura de milho 1ª safra deve somar 27,9 milhões de toneladas, um aumento de 9,8% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 91,9 milhões de toneladas, aumento de 8,5% em relação a 2022.
O levantamento do IBGE também computa a produção de algodão herbáceo, cuja produção deve alcançar 6,9 milhões de toneladas, um avanço de 2,8% ante 2022.
Redução para trigo e arroz
A estimativa da produção do trigo, por sua vez, foi de 9,9 milhões de toneladas, recuo de 1,7% em relação a 2022, e a do sorgo, 3,5 milhões de toneladas, alta de 23,0%.
A produção do arroz foi de 9,9 milhões de toneladas para 2023, queda de 7,5% em relação ao produzido no ano passado.
(Estadão)