A produção de carne suína da China nos primeiros três meses de 2020 caiu pelo sexto trimestre consecutivo, para 10,38 milhões de toneladas, o que representou baixa de 29% sobre o volume registrado em igual período de 2019, de acordo com informações da Reuters, baseadas em dados estatísticos divulgados nesta sexta-feira pelo governo local.

A queda é atribuída ao impacto da doença da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês), que dizimou o rebanho de suínos do gigante asiático. Além disso, as restrições deste ano para conter um surto do novo coronavírus na China retardaram o trabalho dos produtores locais de reconstrução do rebanho de porcos, acrescentou a Reuters.

A China abateu 131,29 milhões de suínos nos primeiros três meses de 2020, uma queda de 30,3% em relação à quantidade verificada em igual período do ano anterior.

Segundo a reportagem da Reuters, a produção de carne suína na China deve recuar novamente este ano, refletindo a enorme escassez de porcas reprodutoras. Em 2019, a produção atingiu 42,6 milhões de toneladas, o menor patamar em 16,6 anos – queda atribuída ao forte avanço da peste suína africana no país asiático.

Alguns especialistas estimam que o rebanho chinês registrou redução de pelo menos 60% no ano passado depois que a doença se espalhou por todo o país – em grande parte não relatada pelas autoridades locais, destaca a Reuters.

O acentuado declínio na produção de carne suína manteve os preços elevados da carne suína chinesa, com um aumento de 116% em março último, na comparação com igual mês de 2019, o que impulsionou a inflação ao consumidor local.

Por sua vez, as importações chinesas de carne suína subiram para volumes recordes no primeiro trimestre de 2020, atingindo quase 1 milhão de toneladas, quase o dobro do nível alcançado em igual período do ano passado, informou a Reuters. (DBO)