A produção brasileira de grãos deverá aumentar 27% na próxima década, a partir de um incremento de 16% da área plantada e de ganhos de produtividade%. É o que aponta um estudo do Ministério da Agricultura com projeções para o agronegócio até 2030. O levantamento também prevê aumentos de 16% na produção de carne bovina, de 27% na de carne suína e de 28% na de carne de frango.
O relatório ressalta que o cenário para a agropecuária brasileira. Mesmo nesses tempos de pandemia, a safra de grãos e a produção e distribuição das proteínas foram pouco afetadas, embora algumas cadeias, como a de hortifrútis, tenham sido bastante prejudicada.
No novo cenário traçado pelo ministério para a próxima década, o Brasil vai saltar das 250,9 milhões de toneladas de grãos colhidas nesta safra 2019/20, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para 318,3 milhões de toneladas. Soja, milho (segunda safra) e algodão vão puxar esse crescimento.
No total, a área plantada de grãos deverá crescer de 65,5 milhões de hectares para 76,4 milhões em 2029/30. Já a Produtividade Total dos Fatores (PTF) deverá subir 2,93% ao ano até 2030. Essa média é resultado da análise das tendências de redução de mão de obra ocupada, de ganhos de rendimento e de aumento do uso de capital.
“Mesmo nas áreas de fronteira, a produtividade vai puxar o crescimento, não a área. Mesmo quando usamos um indicador mais completo para a produtividade, a taxa prevista é elevada”, afirma José Garcia Gasques, coordenador-geral de Avaliação de Política da Informação do Ministério da Agricultura.
As projeções também confirmam uma tendência de redução da área de pastagem nos próximos anos. A produção brasileira de carnes (bovina, suína e de aves) deverá aumentar em 6,7 milhões de toneladas entre 2019/20 e 2029/30 — das atuais 28,2 milhões de toneladas para quase 34,9 milhões, com destaques para as carnes suína e de frango.
A pesquisa aponta uma expansão de 14,1 milhões de toneladas para 18,1 milhões de carne de frango na próxima década. No caso da carne suína, o salto deverá ser de 4,1 milhões para 5,2 milhões de toneladas, e no da carne bovina, de 9,8 milhões de toneladas para 11,4 milhões de toneladas. (Valor Econômico retransmitido pelo BeefPoint)