O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu novo relatório mensal de oferta e demanda, com reflexos positivos sobre os preços em bolsa.
Para a soja, cortes importantes foram feitos para os estoques finais e para a produção norte-americana. Os estoques foram ajustados de 20,54 para 17,43 milhões de toneladas (-15%).
A produção foi revisada de 100,16 para 98,88 milhões de toneladas, em linha com as expectativas do mercado. Os cortes acontecem após um atraso no desenvolvimento das lavouras, com o clima desafiador no início da temporada atrapalhando a semeadura das lavouras.
Para o milho, o USDA estimou produção americana em 350,50 milhões de toneladas, cortando 2,58 milhões de toneladas neste boletim (relatório de ago/19 projetava produção de 353,08 milhões de toneladas).
A revisão foi menor do que o esperado pelo mercado, que acreditava em um ajuste de 7,30 milhões de toneladas, para 345,80 milhões de toneladas.
Entretanto, os ajustes feitos para o milho pelo USDA estão em linha com as informações que chegam das lavouras americanas, incluindo os relatórios semanais de acompanhamento das culturas, levantado pela mesma instituição.
E apesar do corte de produção, o USDA subiu ligeiramente a sua estimativa para os estoques finais de milho, agora em 55,62 milhões de toneladas (+0,39%), devido a um reajuste de 3,6% em seus estoques iniciais.
O mercado esperava estoques finais menores, em 49,1 milhões de tons.
Os cortes para a soja pressionaram positivamente as cotações em Chicago, que avançam ao redor de 20 cents/bushel nesta tarde (12/set), recuperando os patamares de preços observados ao final de julho deste ano.
Na esteira, o trigo avança próximo a 4,0 cents/bushel, com elevações também para o milho, subindo 1,50 cents/bushel (o contrato para set/19 tem parcial em US$ 3,50/bushel).
Por fim, os futuros do milho também são contagiados na B3, o contrato para nov/19 avança em maior intensidade, a alta de 0,35 pontos coloca a parcial deste contrato em R$ 39,05/sc – maior patamar desde 09 de agosto.