Com estoques menores de milho para as próximas semanas, os compradores do cereal estão, aos poucos, retomando as negociações no mercado interno. Enquanto isso, os produtores rurais seguem retraídos na hora de comercializar o grão, já que esperam preços maiores.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a possível redução na oferta do produto é o principal motivo dessa diminuição dos negócios, além de dificuldades logísticas.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção do milho na primeira safra deve atingir 26,5 milhões de toneladas, queda de 1,3%. Para a segunda safra, o cenário é um pouco diferente: a estimativa indica produção de 65,1 milhões de toneladas, alta de 21%.
Este cenário de demanda firme e retração vendedora têm mantido as cotações em alta. Os valores estão em elevação na maior parte das regiões brasileiras, exceto no Rio Grande do Sul, onde a safra de verão é mais representativa e a colheita vem ocorrendo de maneira satisfatória.
Entre os dias 8 e 15 de fevereiro, por exemplo, o indicador Esalq/BM&FBovespa em Campinas (SP) subiu 2,8%, fechando a R$ 41,10 por saca de 60 quilos na sexta-feira, dia 15. No acumulado do mês, a alta é de 4,5%. (Canal Rural)