As lavouras de soja e milho na safra 2022/23 sofreram mais com o ataque de percevejos, que está entre as principais pragas dessas culturas. Segundo levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), houve aumento de 6,3% de ataque do percevejo na soja nesta safra em relação ao ciclo passado e de 10,8% no milho. “A expansão da área cultivada em ambas as culturas ajuda a explicar a recorrência da praga: na soja, houve expansão de 6,2% de área e, no milho, de 3,5%”, diz o sindicato, em nota.
Outra praga de importância econômica, a mosca-branca do algodão, aumentou sua incidência em 3,7% nesta safra ante a passada, para uma área plantada 3,8% maior. Já o bicudo-do-algodoeiro atacou 17,3% da área cultivada com a fibra, superando o pico de infestação da safra de 2019/20, diz o Sindiveg.
Diante desse cenário, tanto nos grãos quanto no algodão, o Sindiveg informa que a área tratada com defensivos na safra 2022/23 cresceu 13,4% no primeiro trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, “principalmente por causa da cultura da soja”, que representa 37% do total da área tratada – ante 33% no primeiro trimestre de 2022.