Marco Guimarães é trainee pela Agrifatto

Gustavo Machado é consultor de mercado pela Agrifatto

 

O Mato Grosso (MT) é o maior produtor de soja do Brasil, com aproximadamente 27% de todo o volume produzido. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2017, estado foi responsável por 9% de toda a soja produzida no mundo.

Segundo o IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), na safra 2018/19 a área plantada foi de 9,62 milhões de hectares, o que representa um crescimento anual de 1,64%. Já o volume previsto de produção sofreu queda anual de 0,22%, para 32,45 milhões de toneladas.

A chegada antecipada das chuvas permitiu ritmo de plantio acelerado na safra atual. Logo na primeira semana de outubro a precipitação acumulada alcançou 60mm nesta temporada, enquanto que na safra 2017/18, o mesmo período contava com 30 mm de chuvas.

Para ilustrar o avanço dos trabalhos em campo, a área semeada em 15 de outubro de 2018 era de 27,3% do total. Enquanto que no mesmo período da safra anterior ficava em 14,4% do total. Outro exemplo fica para o início de novembro, enquanto em 2018 estava em 88,90%, no anterior ficava em 64,7% (gráfico 1).

Mas o destaque na temporada atual fica para o período mais seco em dezembro. Entre os dias 4 e 22/dez apenas 9mm de chuva foram registrados, com importante impacto negativo nas lavouras daquele estado, sendo os cultivares precoces os mais penalizados.

Segundo a Aprosoja, a previsão de quebra da safra de soja no Mato Grosso deve ser próxima a 8% do volume total produzido. Além disso, outros estados têm potencial de perdas ainda maiores, como é o caso do Paraná e do Mato Grosso do Sul, onde as estimativas aproximam-se de 30% e 15%, respectivamente.