A Fitch Ratings informou na segunda-feira (30) que a receita resultante dos desinvestimentos previstos pela BRF S.A. em seu plano de reestruturação será fundamental para que a agência de classificação de riscos melhore a perspectiva para a classificação da companhia.

A BRF pretende vender seus ativos na Argentina, Tailândia e Europa, uma das metas do plano de reestruturação que visa levantar R$ 5 bilhões para reduzir a alavancagem e melhorar a estrutura de capital.

A Fitch estima que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da BRF deverá ficar “ligeiramente menor” em 2018, considerando a planejada venda de ativos da companhia, os efeitos da recente valorização do dólar e as restrições de exportações.

A perspectiva da Fitch para os ratings da BRF foi reduzida de “estável” para “negativa” em maio, refletindo resultados operacionais ruins e métricas de crédito fracas, em meio aos impactos da suspensão das compras de carne de frango de algumas plantas brasileiras pela União Europeia.

A lucratividade e a alavancagem da BRF estão também pressionadas pelo excesso de oferta de produtos de carne de frango in natura no mercado doméstico, o que tem reduzido preços do produto. Além disso, a greve dos caminhoneiros atrasou cronogramas de exportação e provocou ajustes de produção, também afetando negativamente o desempenho da companhia neste ano.