A economia britânica encolheu um recorde de 5,8% em março uma vez que a crise devido ao coronavírus se intensificou e o governo fechou grande parte do país, de acordo com dados oficiais que indicam um impacto ainda maior por vir.

A queda mensal no Produto Interno Bruto foi sentida em quase todos os setores —dos restaurantes e bares a locais de construção e fábricas— e foi a maior desde que registros comparáveis começaram em 1997.

“O forte declínio no PIB do primeiro trimestre do Reino Unido traz poucas surpresas, mas destaca claramente a magnitude do desafio diante das autoridades”, disse o estrategista do JP Morgan, Hugh Gimber.

Nos três primeiros meses do ano, o PIB contraiu 2,0% em relação ao quarto trimestre de 2019, maior recuo desde o ápice da crise financeira no final de 2008, informou o Gabinete de Estatísticas Nacionais.

O banco central britânico afirmou na semana passada que a contração da economia no segundo trimestre pode se aproximar de 25% e levara ao maior declínio anual em mais de três séculos.

O ministro das Finanças, Rishi Sunak, afirmou que o Reino Unido está agora no meio de uma recessão significativa.

“Temos que defender os empregos das pessoas, suas rendas, sua subsistência nesse momento, e apoiar empresas para que possamos passar por esse período de forte disrupção e sair mais forte do outro lado”, disse ele após os dados do PIB.

A queda no PIB do primeiro trimestre foi ligeiramente melhor do que a expectativa de economistas em pesquisa da Reuters e menos do que o recuo de 3,8% sofrido pela zona do euro no mesmo período. Mas o Reino Unido só deu início às suas paralisações em 23 de março, depois de muitos países da zona do euro. (Reuters)