O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 6,75% de janeiro a julho de 2020 ante mesmo período de 2019, impulsionado pelo segmento primário (dentro da porteira), conforme análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta sexta-feira.
O levantamento destacou a ocorrência da safra recorde de grãos e as exportações que, diante do “efeito China”, favoreceram a rentabilidade e a competitividade do setor com a desvalorização do real frente ao dólar.
A atividade primária ajudou a impulsionar o resultado nos primeiros sete meses, com crescimento de 18,46%, afirmou a CNA em comunicado.
Serviços e insumos tiveram expansão de 6% e 2,4%, respectivamente. Já a agroindústria teve queda no acumulado do ano até julho, de 0,37%, “ainda reflexo dos efeitos da Covid-19, sendo o elo mais afetado”.
No ramo agrícola, o PIB teve alta de 4,3% nos sete primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2019.
“O resultado reflete principalmente os preços maiores, com destaque para café, milho, soja e trigo, assim como a expectativa de maior produção na safra atual, com uma safra recorde de grãos e expansão para produtos como café e laranja”, explicou a CNA.
Na pecuária, houve uma firme elevação de 12,25% de janeiro a julho, com expansão significativa em todos os elos, impulsionada pela valorização das carnes, sendo que o movimento de alta foi intensificado em julho, segundo a análise.
No desempenho mensal, o PIB do agronegócio cresceu 1,26% em julho, sétima elevação consecutiva. O setor primário cresceu 2,95%, seguido por serviços (1,03%) e insumos (0,55%). (Reuters)