O contrato futuro de petróleo negociado em Londres fechou em queda nesta segunda-feira, 16, em meio a dúvidas sobre os efeitos econômicos da reabertura chinesa. A sessão foi marcada pelo volume de negócios reduzido, por conta de um feriado que manteve os mercados fechados nos Estados Unidos.
No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para fevereiro caía 1,18%, a US$ 78,92, por volta das 15h30 (de Brasília). Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março fechou em baixa de 0,96% (ou -US$ 0,82), a US$ 84,46.
Após saltarem mais de 8% na semana passada, os contratos futuros do ativo energético voltaram a ficar sob pressão, à medida que investidores começam a questionar o otimismo em relação à China. O país asiático afrouxou parte das rígidas medidas de combate à covid-19, o que sustentou boa parte das commodities.
A Capital Economics, no entanto, considera exagerado o rali recente desses produtos. Segundo a consultoria, os Estados Unidos e a zona do euro devem enfrentar recessão nos próximos trimestres e o dólar provavelmente se fortalecerá, fatores que devem pressionar o petróleo. “Esperamos que a maioria dos preços das commodities fique estagnada no curto prazo, antes de subir no segundo trimestre”, prevê.
A instituição projeta que o barril do Brent ficará acima de US$ 80 no primeiro trimestre e alcançará US$ 95 até o fim deste ano. “Embora a recessão em muitos desenvolvidos reduza a demanda por petróleo, não esperamos um colapso, dado que o consumo é normalmente bastante inelástico em relação à renda”, explica.
(Dinheiro Rural)