O número de casos confirmados de peste suína africana na Alemanha subiu para 29, informou nesta quarta-feira o Ministério Federal da Alimentação e Agricultura do país. O aumento ocorre após a detecção da doença pelo Instituto Friedrich Loeffler (FLI) em outros nove javalis na região de Brandemburgo, próxima à fronteira com a Polônia. O primeiro foco da doença foi identificado no dia 10 de setembro. Desde então, o número de animais infectados continua em crescimento.

Ontem, a secretária de Estado do Ministério alemão, Beate Kasch, viajou a Potsdam para uma reunião com a Equipe Central de Crise de Controle de Doenças Animais. Em comunicado publicado no site oficial, o governo do país europeu afirma que o surto está limitado a dois distritos de Brandenburg, Spree-Neisse e Oder-Spree, e que até o momento os suínos domésticos não foram afetados.

Na reunião, Beate Kasch disse que o controle da epidemia animal só pode ser alcançado com muito esforço e união nos locais críticos. Ela acrescentou esperar que as autoridades locais responsáveis atuem de forma coordenada. “Para conter a propagação da doença, instruções de procedimentos e planos de ação foram elaborados nos últimos anos como parte da força-tarefa conjunta federal e estadual sobre controle de doenças animais. Com as descobertas realizadas pelos especialistas no local, agora é necessário analisar a propagação do vírus na população de javalis e proteger ainda mais a população de suínos domésticos”, afirmou ela na ocasião, segundo nota publicada pelo governo.

A identificação da peste suína africana no país levou alguns países importadores de carne suína e outros subprodutos a anunciarem a suspensão das importações da Alemanha. É o caso da China, Coreia do Sul, Argentina e Brasil. O embargo aos produtos alemães pode beneficiar grandes exportadores de carne suína, como o Brasil e os Estados Unidos. (AE)