O consumo de carne suína no Brasil tem aumentado desde 2004, assim como a frequência das compras do produto, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) em parceria com o Sebrae e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS).
A pesquisa, que entrevistou 1,3 mil pessoas, constatou que 55% dos entrevistados têm o hábito de comprar carne suína atualmente – aumento de 30% quando comparado a 2015.
A frequência de consumo da carne suína nos lares aumentou de três vezes ao mês, em 2004, para a cada 7,5 dias, em 2019.
Setenta e seis por cento dos entrevistados declararam que consomem carne suína, sendo que entre as ocasiões de consumo mencionadas está o churrasco, no qual a carne suína ganhou espaço com aumento de 30% na escolha entrevistados. Esse dado sinaliza uma oportunidade para que a indústria amplie opções de cortes e formatos para esse tipo de preparo, visando atender à demanda de consumo, segundo a pesquisa.
No momento de compra, 41% dos entrevistados preferem cortes suínos de bandeja e 25% preferem comprar a granel. Os supermercados respondem por 63% da preferência para local de compra e os açougues ou casas de carnes por 25%.
A maioria dos consumidores entrevistados disse preferir carne suína resfriada, em cortes porcionados e sem tempero.
Atualmente, o consumo per capita de carne suína no Brasil está em 15,9 quilos por ano, segundo a ABCS.
A entidade atribui o aumento do consumo à oferta maior, à qualidade, aos preços competitivos e aos cortes variados e mais adaptados ao cotidiano dos consumidores.
O estudo também aponta que, desde 1994, a carne suína foi a única proteína animal que registrou crescimento na indicação de profissionais de saúde.
Entrevistas com varejistas também sinalizam expectativa de crescimento nas vendas de carne suína frente às outras proteínas, segundo a pesquisa.
O estudo conclui que ainda há desafios para ampliar o consumo de carne suína no país, como disseminar informações nutricionais sobre a proteína para profissionais de saúde, varejo e consumidores, reforçando a imagem do produto como alimento saudável.
Apesar da ampliação na variedade de produtos oferecidos pelos frigoríficos nos últimos anos, a pesquisa também aponta a necessidade de ampliar as opções de cortes suínos, facilitando o preparo para o consumidor e a identificação com o produto. “Ainda há adequações a serem realizadas e novas oportunidades, como o desenvolvimento de cortes sem tempero e com maior shelf life (prazo de validade)”, diz o estudo. (CarneTec)