As perspectivas para a demanda global por carnes continuam positivas no longo prazo apesar dos potenciais impactos negativos relacionados ao coronavírus na China, avaliam analistas do BB Investimentos em relatório recente.

“No momento em que a epidemia de coronavírus for controlada, o que temos pouca visibilidade de quando isto deve acontecer, os fundamentos do setor de proteínas animais permanecem positivos devido à Peste Suína Africana (PSA) na Ásia e em outros países da Europa, que trouxe uma oportunidade significativa para os maiores produtores de carne do mundo, beneficiando especialmente os da América do Sul”, escreveram analistas do BBI.

A China continua sendo o principal destino para proteínas animais brasileiras e o BBI disse que ainda não viu impacto negativo nos volumes exportados ao país asiático.

“Nesta fase, consideramos cedo medir o impacto real do vírus nos volumes de exportação”, avaliaram os analistas do BBI em relatório divulgado na sexta-feira (06).

No curto prazo, o BBI afirma que o surto de coronavírus tende a reduzir a demanda chinesa por carnes, com a diminuição nos fluxos de mercadorias no país, atrasos logísticos, pontual redução no consumo relacionada aos períodos de quarentena e menor atividade industrial visando conter a disseminação do vírus.

Entre os maiores processadores de carnes brasileiros, a Minerva é a empresa com maior exposição ao mercado chinês, sendo que 24% de sua receita é gerada na China, segundo o BBI.

A exposição das outras companhias brasileiras de carnes nesse mercado fica entre 5% a 7% da receita, com Marfrig e JBS mais concentradas nos mercados dos Estados Unidos e a BRF com foco maior no Brasil e mercados halal. (CarneTec)