O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, mas permaneceu extraordinariamente alto em meio a sinais de que a recuperação do mercado de trabalho está perdendo força conforme a pandemia de Covid-19 continua.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 881 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 29 de agosto, comparado com 1,011 milhão na semana anterior, disse o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (3).
Economistas consultados pela Reuters projetavam 950 mil solicitações na última semana.
Apesar da queda, o número segue várias vezes superior à média de pedidos anterior à pandemia do coronavírus. Na semana encerrada em 14 de março – antes da disparada de pedidos – foram 282 mil.
Com o resultado da semana passada, o número total de novos pedidos desde meados de março, quando houve uma aceleração brusca do indicador, já soma 59,3 milhões.
Com o relatório da semana passada, o Departamento do Trabalho mudou a metodologia que usava para lidar com as flutuações sazonais dos dados, que economistas reclamavam que tinham se tornando menos confiáveis por causa do choque econômico causado pela crise do coronavírus.
A recuperação do mercado de trabalho do ápice da pandemia em meados de março e abril parece estar vacilando. Embora as novas infecções por Covid-19 estejam diminuindo, muitas preocupações permanecem, especialmente em campi de faculdades que reabriram para aulas presenciais.
As empresas esgotaram os empréstimos do governo para ajudar com salários, enquanto o suplemento de auxílio-desemprego semanal venceu em julho.
O governo publicará seu relatório de emprego de agosto na sexta-feira. Segundo pesquisa da Reuters junto a economistas, a criação de vagas fora do setor agrícola provavelmente chegou a 1,4 milhão, de 1,763 milhão em julho. (Reuters)