Uma região de Mato Grosso vai integrar a zona livre da febre aftosa sem vacinação do Estado. Ela é formada por todas as propriedades do município de Rondolândia, que fica na divisa com Rondônia, mais 14 de Juína, 6 de Aripuanã, 123 de Comodoro e as fazendas da margem esquerda do rio Roosevelt localizadas em Colniza.
Mato Grosso é o Estado que tem o maior rebanho bovino do país. A região que vai ganhar status de livre da doença sem vacinação forma o denominado Bloco 1, juntamente com Rondônia e Acre. As propriedades realizaram a última vacinação contra a aftosa em novembro do ano passado.
A decisão foi tomada pelo Ministério da Agricultura em reunião no dia 19 de março, em Manaus (AM), segundo informa a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). A medida abrange um rebanho de 300 mil cabeças, aproximadamente. Há anos, Mato Grosso pleiteia o reconhecimento de livre da aftosa sem vacinação.
Segundo a diretora executiva da Acrimat, Daniella Bueno, “é importante que neste momento todos os pecuaristas de Mato Grosso que estão inseridos na zona livre do Bloco I sejam devidamente informados sobre os próximos passos a seguir, como a não vacinação dos animais na etapa de maio próximo e sobre o impedimento de se movimentar gado vacinado de outras regiões do Estado e do país para suas propriedades”.
Maio de 2021
A expectativa agora é o reconhecimento pela Organização Nacional de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa sem vacinação em maio de 2021. Para isso, deverão ser conduzidas atividades que visam demonstrar a implantação na região de medidas de vigilância compatíveis com o status de livre sem vacinação.
Sediada em Paris, a OIE é uma organização intergovernamental responsável por melhorar a saúde animal em todo o mundo. Dentro da defesa sanitária é a mais importante no estabelecimento das medidas de prevenção, controle e erradicação das doenças.
No Bloco, nova avaliação do Ministério da Agricultura ocorrerá em agosto, com objetivo de decidir se o pleito de reconhecimento a ser encaminhado à OIE abarcará o Bloco em sua totalidade ou em parte, explica Daniella. (Globo Rural)