A oferta de e dos Estados Unidos deve cair no próximo ano, apertando ainda mais o já estreito balanço de grãos do mundo criado pela escassez nas safras e pela invasão russa da Ucrânia, disse o governo americano nesta quinta-feira.
Uma colheita recorde de nos EUA proporcionará algum alívio à escassez global de oleaginosas, já que os preços dos alimentos atingiram altas históricas em fevereiro e março, segundo a agência de alimentos da ONU.
Mas a oferta de soja permanecerá ainda apertada em meio à crescente demanda dos setores de exportação, biocombustíveis e processamento, disse o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) em seu relatório mensal de estimativas de oferta e demanda agrícola mundial.
A produção de soja para o ano comercial de 2022/23, que termina em 31 de agosto, foi estimada em 4,64 bilhões de bushels.
A perspectiva se compara com as expectativas do mercado de 4,613 bilhões de bushels. Na safra 2021/22, a produção de soja dos EUA totalizou 4,435 bilhões de bushels, a maior até o momento.
O governo também projetou que a produção de milho dos EUA cairia 4,3%, para 14,46 bilhões de bushels em 2022. A projeção ficou abaixo da estimativa de fevereiro de 15,24 bilhões e abaixo das expectativas do mercado de 14,773 bilhões.
“Vai ser um verão volátil. Os mercados climáticos serão desproporcionais”, disse Craig Turner, corretor agrícola sênior da Daniels Trading.
O USDA disse que o clima frio e úmido que atrasou o plantio deste ano no Meio-Oeste dos EUA reduziu as perspectivas de rendimento para a safra de milho.
(Reuters)