O número oficial divulgado pelo Indea-MT e os preliminares pelo MAPA apontam para o pior primeiro semestre dos últimos 10 anos
Ao começo do ano de 2021 já aguardávamos que a fase de retenção de fêmeas continuaria a ditar o “ritmo do jogo” da pecuária de corte brasileira, no entanto, a intensificação desse processo chega a ser surpreendente. Os dados oficiais já divulgados pelo Indea-MT apontam para o pior primeiro semestre dos último doze anos no total de bovinos abatidos, com 2,22 milhões de cabeças encaminhadas a linha de abate.
A diminuição de 11,48% no comparativo anual continuou a ser puxada pelas fêmeas, que acumularam pouco mais de 943,67 mil cabeças, 19,56% abaixo de 2020.
No cenário nacional, a situação é semelhante. Os dados preliminares do MAPA apontam que o total de bovinos abatidos em frigoríficos SIF no Brasil ficou em 10,28 milhões de cabeças no primeiro semestre de 2021, 6,75% abaixo do mesmo período de 2020. Apesar do recuo menor em comparação aos números oficiais de Mato Grosso, fato que pode explicado pelo momento mais difícil enfrentados pelos frigoríficos menores, o volume total de animais abatidos em frigoríficos SIF brasileiros é o menor dos últimos 17 anos.
Tais números divergem dos números de escalas alongadas apontados pelos frigoríficos, visto que a falta de matéria-prima é factível, a suposição mais plausível é que a capacidade desses está sendo reduzida consideravelmente para atender a uma oferta cada vez mais enxuta.
Agrifatto