Aos movimentos mais comedidos de importações de soja pela China, devido à redução das margens com o farelo para ração, os traders deverão adicionar ao radar das atenções o novo capítulo na disputa geopolítica com os Estados Unidos.
Pequim respondeu às sanções dos EUA retaliando com sanções ao ex-secretário do Comércio Wilbur Ross, entre outras ex-autoridades, além de anunciar, sem especificar em detalhes, “contrasanções recíprocas” à Comissão Executiva do Congresso sobre a China e à Comissão de Revisão de Economia e Segurança EUA-China.
A depender de novas reações do governo Joe Biden, essa escalada de tensões pode chegar às importações da soja americana, principalmente, e se refletir nas cotações. Sempre que a demanda chinesa fica mais tímida, os preços recuam em Chicago.
No momento, a China ensaia uma redução nas compras de soja mundial, que vários analistas calculam que serão menores entre 2 a 5 milhões de toneladas em 2021, para alguma coisa como 100 milhões/t.
Além de estar havendo dificuldades para uma reversão definitiva da produção de suínos, ainda às voltas com a resiliência da peste suína africana (PSA), está havendo significativa substituição de grãos (inclusive milho) por trigos na composição das rações.
Além das informações do USDA, relatórios recentes, como o da DTN The Progressive Farmer, confirmam queda nas exportações dos EUA, podendo elevar os estoques a 4,9 milhões/t, sobre os atuais 3,27 milhões.
Nesta segunda (26), os futuros em Chicago recuam, com o novembro em menos 13,75 pontos, a US$ 13,38 o bushel.
(Money Times)