O Monitor do PIB-FGV mostra crescimento de 0,1% do Produto Interno Bruto – a soma de todas as riquezas produzidas no país – em outubro, em relação a setembro. No trimestre móvel encerrado em outubro, o crescimento acumulado passa para 0,3%, na comparação com o trimestre móvel encerrado em julho – séries ajustadas sazonalmente.

Os dados relativos ao Monitor do PIB-FGV foram divulgados hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado foi atribuído, fundamentalmente, à contribuição da agropecuária, principalmente para o desempenho positivo da taxa acumulada de 0,4% nos 12 meses encerrados em outubro. O resultado da indústria fechou negativo em 0,6%, e os serviços, em -0,3%.

Pela ótica da demanda, a taxa de consumo das famílias acumulada em 12 meses foi positiva em 0,2%, após 26 meses consecutivos de variações negativas. À exceção do consumo de serviços, todos as categorias do setor apresentaram taxas positivas nessa comparação. A formação bruta de capital fixo, por sua vez, ainda apresenta taxa negativa, nessa mesma comparação (-3,1%), a despeito do forte crescimento do componente de máquinas e equipamentos (+4,8%).

Para o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, em outubro a economia continuou a crescer, alcançando 0,4% na taxa acumulada em 12 meses. “Esta é a primeira variação positiva após 32 meses consecutivos de taxas negativas. Mais uma vez, o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo se destacam tanto na comparação mensal interanual (+3,7% e +3,2%, respectivamente), quanto na comparação mensal de outubro, com relação a setembro, na série ajustada sazonalmente (+0,2% e +0,7%, respectivamente) ”, ressaltou.

Na relação com o mesmo período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 1,8% no trimestre móvel encerrado em outubro. À exceção da construção, que fechou em queda de 2,9%, os serviços de informação (-3,3%), a intermediação financeira (-0,5%) e administração pública (-0,5%), todas as demais atividades apresentaram resultados positivos nessa comparação.

Os destaques foram os desempenhos da agropecuária, que chegou a crescer no trimestre móvel encerrado em outubro 6,4%; a indústria de transformação (+3,5%); o comércio (+4,8%) e os transportes (+3,9%). (Agência Brasil)