As aberturas dos mercados dos Estados Unidos e da Indonésia para a carne bovina brasileira devem ocorrer ainda neste primeiro semestre, disse o CEO da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz, em teleconferência com analistas na quinta-feira (10).

A companhia, que tem operações no Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Colômbia, ainda estima que o mercado japonês seja aberto para a carne uruguaia nos próximos meses e que os norte-americanos também liberem as importações de carne da Argentina.

“Esperamos que ainda no primeiro semestre tenhamos a abertura desse mercados”, disse Galletti de Queiroz.

O governo brasileiro anunciou em fevereiro que o governo indonésio havia informado sua intenção de abrir o mercado para a carne bovina do Brasil.

Galletti de Queiroz disse que as negociações com os EUA ocorrem mais no âmbito político do que em relação a restrições técnicas, praticamente superadas.

“A (abertura da) Rússia, eu acredito que ainda está mais perto que a dos EUA… Acredito que deve ter sim uma abertura limitada para o Brasil bastante em breve”, disse o CEO.

As exportações de carnes bovina e suína brasileiras para a Rússia estão bloqueadas desde o fim do ano passado.

A Minerva é atualmente a maior exportadora de carne bovina da América do Sul, posição alcançada após a aquisição dos ativos da JBS no Mercosul em meados do ano passado.

“No total, a região tem sido responsável por praticamente um terço da exportação mundial, e a Minerva foi responsável por aproximadamente 22% deste volume, e se manteve como líder regional na exportação de carne bovina”, disse Galletti de Queiroz em comunicado de resultados da companhia.

A empresa é responsável por 19% das exportações de carne bovina do Brasil, 40% do Paraguai, 21% do Uruguai, 16% da Argentina e 71% da Colômbia.

O Oriente Médio e a Ásia são as principais regiões para as quais a Minerva exporta seus produtos.