A Minerva S.A. teve um prejuízo líquido de R$ 113,3 milhões no segundo trimestre, afetada por efeitos não caixa do resultado financeiro, mas elevou a receita e abates no período, segundo o demonstrativo de resultados da companhia divulgado na noite de quinta-feira (25).
A receita líquida do grupo aumentou 7,7%, para R$ 4 bilhões no segundo trimestre, quando a Minerva elevou abates para atender ao crescimento da demanda por carnes, principalmente da China.
O ritmo de abates aumentou em 6,6% no segundo trimestre, para um total de 856,9 mil cabeças.
A alta demanda por carne bovina argentina por parte da China, que enfrenta casos peste suína africana, colaborou para a elevação dos abates na Athena Foods, unidade que reúne as operações da companhia na América do Sul com exceção do Brasil.
Já na divisão Brasil, o crescimento dos abates deve-se também a uma base de comparação depreciada no ano passado, quando houve interrupção nas atividades como consequência da greve dos caminhoneiros.
O ritmo de abate da Minerva tende a aumentar ainda mais no segundo semestre, dada a retomada das atividades de desossa na unidade de Venado Tuerto, na Argentina, que inicia os abates em agosto. A Minerva também espera que novas plantas brasileiras sejam habilitadas a exportar para a China.
“As perspectivas para o restante do ano seguem positivas: o impacto do surto de febre suína africana, especialmente na China, deve se tornar cada vez mais evidente ao longo do próximo semestre, o que vai beneficiar diretamente os produtores de carne bovina da América do Sul”, disse o presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, em comunicado de resultados.
A Minerva possui cinco plantas habilitadas para suprir a demanda chinesa, localizadas no Brasil, Argentina e Uruguai, com capacidade total de abate de 6,4 mil cabeças/dia.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da Minerva atingiu R$ 363,9 milhões no segundo trimestre, alta de 3% ano a ano, com margem EBITDA a 9,5%. (CarneTec)