Em processo de integração, a Minerva já registra efeitos positivos da aquisição dos ativos da JBS no Mercosul. A negociação, que envolveu US$ 300 milhões e operações na Argentina, Uruguai e Paraguai, foi anunciada em junho deste ano e começou a ser efetivada em 1º de agosto. “Foi a maior aquisição que o Minerva já fez e isso gera um grande desafio. Está saindo como nós planejamos e com velocidade”, disse o presidente do Minerva, Fernando Galletti. Segundo o executivo, até o momento, as sinergias mais positivas estão acontecendo na área comercial e na compra de gado. A perspectiva é que até o fim do ano o Minerva esteja boa parte do processo de integração nas novas plantas concluídas com os benefícios mais evidente a partir do primeiro trimestre.
Com isto, no terceiro trimestre deste ano, o volume de vendas do Minerva nos mercados internos em que atua registrou alta de 31,1%, ante igual período do ano passado, para 215,5 mil toneladas. “Os mercados internos, como a Argentina, estão em um momento muito positivo”, disse o presidente do Minerva, Fernando Galletti. Para ele, o cenário macroeconômico nos países sul-americanos está melhorando e isto tende a favorecer o consumo de carne bovina e os preços.
No Brasil, a venda de carne em julho e agosto teve crescimento em comparação à igual período do ano passado. “O que não acontecia há muito tempo”, disse o diretor de Finanças da empresa Edison Ticle. Além disso, as oscilações do mercado pecuário brasileiro no terceiro trimestre ajudaram o frigorífico Minerva a elevar o uso de sua capacidade instalada de 74% para mais de 77%, com o preço mais atrativo de bois e a oferta de gado no País, além da reativação das operações da unidade de Mirassol do Oeste (MT).
A abertura de países importadores às nações da América do Sul deve impulsionar os resultados futuros do frigorífico. “Há uma possível abertura de Japão para o Uruguai, Estados Unidos para Paraguai e Argentina e o Brasil está trabalhando nesta reabertura, além de outros mercados importantes”, disse o presidente do Minerva, Fernando Galletti. “Esse movimento de abertura de países importadores para todos os países exportadores da América do Sul movimento, está tornando a commodity mais global”, disse. (AE)