A Minerva Foods já vê sinais de recuperação das demandas domésticas nos países onde está presente na América do Sul, mas pretende continuar operando com capacidade de abates reduzida no Brasil, informaram executivos da companhia em teleconferência com analistas na quarta-feira (29).
A empresa registrou forte redução nas demandas nos mercados domésticos onde atua em abril, impactadas pelas medidas de prevenção da covid-19, o que também resultou na redução de 27,5% no volume total de vendas da companhia no segundo trimestre para 224,1 mil toneladas.
O uso da capacidade de abates da empresa no Brasil caiu para 63,2% no segundo trimestre, ante 76,7% no mesmo período do ano passado.
“O novo normal vai ser uma redução das capacidades, mas o novo normal também vê uma volta do consumo gradual em todos os mercados internos”, disse o presidente da companhia, Fernando Galletti de Queiroz.
Além da recuperação nas demandas domésticas em países da América do Sul, a Minerva espera aumento da demanda externa no segundo semestre.
A peste suína africana continua a impactar principalmente a Ásia e a guerra comercial entre Estados Unidos e China está abrindo espaço para frigoríficos sul-americanos na China.
“Está bastante positivo o ambiente para a América do Sul. O mercado vai se normalizando gradualmente na China. O que é importante é que o hábito de consumir carne bovina (na China) está permanente, com grandes oportunidades para nós”, disse Queiroz.
A Minerva anunciou na terça-feira (28) os resultados do segundo trimestre, quando obteve receita líquida 9,3% maior, a R$ 4,4 bilhões, com forte aumento na demanda externa. (CarneTec)