A Minerva Foods pretende continuar no ano que vem com a modalidade de compra de bois a termo – ou seja, mediante contrato firmado antecipadamente com os pecuaristas. Este ano, conforme o gerente de Compra de Gado da Minerva, Fabiano Tito Rosa, cerca de 30% a 35% do total de bovinos adquiridos pelo frigorífico no Brasil foi de bois a termo. Ele informou, ainda, que a Minerva deve fechar o ano com abates totais de 1,65 milhão de cabeças de gado. “Voltamos a trabalhar a questão do boi a termo com um pouco mais de afinco este ano e pretendemos continuar com essa modalidade contratual, logicamente dependendo das variações de oferta e das necessidade de compras ou não no mercado físico”, disse ao Broadcast Agro, pouco antes do lançamento do Programa de Eficiência de Carcaça (PEC), fruto de parceria entre a Minerva e a Phibro Saúde Animal.

Tito Rosa comentou, ainda, que a atual firmeza de preços da arroba é “natural, sazonal”, tendo em vista o fim dos estoques de gado confinado. Para o ano que vem, ele acredita em menor pressão sobre os preços da arroba, já que as chuvas vieram com antecedência, melhorando as condições dos pastos, e mais à frente, a safra de grãos, principalmente de milho para o confinamento, promete ser abundante. “Acho que os preços dos grãos vão ceder; situação diferente da deste ano, quando o preço do milho disparou e elevou os custos de produção do pecuarista.” Quanto ao consumo de carne bovina no mercado interno, Tito Rosa acredita que isso também vai ajudar. “Há otimismo em relação ao novo governo e à economia; se esse cenário se consolidar, vai crescer emprego e renda.” (Estadão)