As exportações brasileiras de milho atingiram 45,463 milhões de toneladas no acumulado de 2019, 97,5% a mais que as 23,015 milhões de toneladas embarcadas em 2018. O volume é o maior já exportado pelo País e acima do previsto pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que projetava exportação de 41 milhões de toneladas, e de consultorias privadas, que estimavam comercialização de 40 milhões a 41 milhões de toneladas. Na mesma linha, a receita gerada com as vendas de milho foi de US$ 7,776 bilhões, 98% acima dos US$ 3,931 bilhões obtidos em 2018. Os dados foram divulgados há pouco pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

O resultado foi favorecido pelos problemas na safra norte-americana de milho e pelo fortalecimento acentuado do dólar ante o real, que deu competitividade às commodities brasileiras. Agosto foi o mês com o maior volume exportado, de 7,644 milhões de toneladas, o que reflete, em parte, a comercialização antecipada da safrinha 2018/19 – diferentemente do ano anterior, em que novembro registrou o maior volume comercializado ao exterior.

Em dezembro, o Brasil exportou 4,369 milhões de toneladas de milho, 20,1% acima das 3,637 milhões de toneladas enviadas ao exterior em dezembro de 2018. Na comparação com novembro de 2019, quando o Brasil exportou 4,288 milhões de toneladas, o volume foi 1,89% maior. No mês passado, os embarques do cereal geraram uma receita de US$ 750,7 milhões, ante US$ 625,5 milhões em igual período do ano passado (alta de 20%). Em relação a novembro, quando o faturamento atingiu US$ 722,5 milhões, a receita aumentou 3,9%.

O preço médio do cereal exportado em dezembro, considerando-se 21 dias úteis, foi de US$ 171,8 por tonelada, 0,12% menor que os US$ 172,0/t apurados em dezembro de 2018 e 1,96% superior aos US$ 168,5 verificados em novembro de 2019.

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