A forte valorização do dólar ante o real tem feito com que os custos de produção de milho em Mato Grosso tenham expressiva alta para a safra 2020/21, informou hoje o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em relatório. De acordo com o instituto, em setembro houve alta de 7,75% no custo operacional efetivo (COE) em relação à safra passada.
Macronutrientes, fungicidas e herbicidas são os insumos com maior peso neste custo, conforme o Imea, que recomenda que o produtor venda sua produção acima dos R$ 22,77 a saca de 60 quilos.
O Imea informou também que os estoques de milho no Estado seguem apertados. Para a safra 2019/20, com produção de 35,46 milhões de toneladas, a demanda foi de 35,45 milhões de toneladas e o estoque final de apenas 20 mil toneladas. O consumo de usinas de etanol de milho, por exemplo, aumentou em 25,8% em 2019/20 ante a safra passada.
Em relação à safra 2020/21, a produção prevista é de 36,31 milhões de toneladas, para uma demanda de 36,30 milhões de toneladas, sobrando igualmente um resíduo de 20 mil toneladas no Estado. Além do maior consumo interno das usinas de etanol de milho, o Imea projeta também exportações maiores, de 21,26 milhões de toneladas, um recorde que poderá ser batido em 2020/21. “Por fim, quando somadas todas as demandas, o estoque final de milho permanecerá apertado no Estado.” (AE)