Os contratos futuros de milho de Chicago atingiram seu preço mais baixo desde agosto nesta quinta-feira, devido às expectativas de que o fenômeno climático El Nino poderia impulsionar as safras dos EUA e além de preocupações macro sobre o aumento das taxas de juros no país.
A La Niña terminou, informou o Centro de Previsão do Clima do Serviço Nacional de Meteorologia americano nesta quinta-feira, e o El Niño pode se formar durante o verão de 2023 e persistir até o outono do hemisfério Norte.
O El Niño é um aquecimento das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico oriental e central que pode aumentar a precipitação, melhorando as perspectivas para as colheitas dos EUA.
“Existe uma crença de que a La Niña está morrendo e que nossas condições de crescimento no Meio-Oeste podem estar sob as condições do El Niño, que são favoráveis ao crescimento”, disse Don Roose, presidente da US Commodities.
O milho também foi atingido por operadores que fecharam posições compradas depois que o Federal Reserve disse esta semana que continuaria a aumentar as taxas de juros, disseram analistas.
Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento, Conab, elevou sua estimativa de safra de milho do Brasil, diminuindo as preocupações com a colheita afetada pela seca na Argentina.
O trigo atingiu uma nova mínima de 18 meses devido à fraca demanda por exportações dos EUA. A soja também fechou em queda.
O mercado de trigo dos EUA segue sob pressão da competição de exportação russa e das expectativas de que um corredor de grãos pela guerra da Ucrânia seja estendido para além deste mês, aumentando a oferta global disponível.
O contrato de milho mais ativo na Bolsa de Chicago (CBOT) caiu 14 centavos a 6,1150 dólares por bushel. O contrato atingiu a mínima de 6,1025 durante a sessão, a menor desde agosto.
O trigo mais ativo fechou 21,75 centavos mais baixo, a 6,6575 dólares por bushel, enquanto o contrato futuro de soja de referência para maio caiu 7 centavos para 15,1075 dólares.
(Reuters)