O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília manteve em 100 milhões de toneladas sua estimativa para a produção de milho no Brasil em 2019/20. Em relatório, o adido destacou que a produtividade foi afetada por períodos de estiagem no Rio Grande do Sul e no Paraná, mas que isso foi compensando por um aumento de área em Mato Grosso.
O adido elevou sua estimativa de área total em 350 mil hectares, para 18,45 milhões de hectares. A área representa um aumento de 5,4% ante o ciclo anterior, e reflete preços firmes por causa da forte demanda do setor de carnes, afirmou o adido.
As exportações em 2019/20 foram projetadas em 33,5 milhões de toneladas, uma queda de 16% ante a temporada anterior. Em 2018/19, exportações de quase 40 milhões de toneladas reduziram significativamente os estoques, observou o adido, acrescentando que a forte demanda interna do setor de carnes sugere que o Brasil vai consumir uma parcela maior da safra este ano.
A projeção de consumo interno em 2019/20 foi elevada em 1 milhão de toneladas, para 68 milhões de toneladas, com base na expectativa de maior produção de carne de frango e suína. O adido também citou a expansão da produção de etanol de milho, embora a pandemia de covid-19 tenha provocado uma desaceleração do consumo de combustíveis.
Para 2020/21, o adido prevê um aumento de 3% na produção ante o ciclo anterior, para 103 milhões de toneladas. A área cultivada deve crescer 1,4%, para 18,7 milhões de hectares. As exportações devem atingir 36 milhões de toneladas, com a maior produção e a expectativa de que o real continue fraco. Já o consumo doméstico deve somar 69 milhões de toneladas, disse o adido. (AE)