O México ampliou a abertura do mercado para a carne suína brasileira, informou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na terça-feira (14). A partir de agora, o Brasil poderá exportar o produto in natura, sem necessidade de passar por processamento térmico antes de ser vendido aos consumidores.
Com os requisitos sanitários e o Certificado Sanitário Internacional (CSI) acordados entre os dois países no último dia 10 de fevereiro, a comercialização passa a ser para a carne suína crua, inteira ou em pedaços, incluindo CMS (Carne Mecanicamente Separada) e toucinho, não havendo restrição no seu comércio direto, sem necessidade de processamento.
Segundo o ministro Carlos Fávaro, trata-se de mais uma ótima notícia deste início de ano, mostrando que o mundo está abrindo oportunidades para o agronegócio brasileiro. “Vamos aproveitar este bom momento e buscar ampliar ainda mais os mercados para os produtos brasileiros. O México é um mercado de cerca de 1,5 milhão de toneladas por ano, que representa um ganho importante para a produção de carne suína do nosso país”, disse o ministro em nota.
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Mapa, os requisitos sanitários e o CSI negociados em novembro passado restringiam a destinação da carne suína exportada ao México apenas para produto de processamento térmico, sendo que o importador necessitava ser um estabelecimento tipo SIF (Serviço de Inspeção Federal) e teria que ter todo o processo rastreado para comercialização.
Essa restrição possibilitava apenas um pequeno grupo de empresas do ramo de processamento de carnes a importar a carne suína brasileira, operação que, a partir de agora, pode ser feita por qualquer rede de supermercados, trading ou importador direto.
Segundo as perspectivas da SCRI, a ampliação do mercado mexicano para a carne suína brasileira representa potencial significativo para a proteína animal no Brasil, e a demanda vai ao encontro da necessidade mexicana de aumentar os volumes de oferta à população do país.
Seis plantas de abate e processamento já estavam habilitadas, e a previsão é que sejam habilitadas mais três. As habilitações são de plantas que já estão habilitadas a exportar aos EUA e Canadá.
De acordo com dados da SCRI, o México foi o segundo principal importador mundial de carne suína in natura em 2021, com 917 mil toneladas, atrás somente da China.
(CarneTec)