Fonte: Globo.com
Os analistas do mercado financeiro passaram a prever um novo corte na taxa básica de juros da economia, a Selic, na próxima semana, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central volta a se reunir.
A previsão está no relatório de mercado, também conhecido como “Focus”, feito com base em pesquisa realizada na semana passada pelo BC com mais de 100 instituições financeiras. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (12).
Nos últimos meses, o Copom promoveu uma série de 11 cortes seguidos na Selic que, na mais recente reunião do colegiado, no início de fevereiro, chegou a 6,75% ao ano, o menor patamar desde 1986.
Portanto, se a previsão dos analistas se confirmar, a taxa Selic atingirá novo piso. Ainda de acordo com a pesquisa, os juros permaneceriam em 6,50% ao ano até o fim de 2018.
Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para os juros básicos continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem.
Inflação
Para a inflação de 2018, a previsão do mercado recuou de 3,70% para 3,67%. Foi a sexta queda seguida do indicador.
A expectativa dos analistas continua abaixo da meta central de 4,5% para a inflação, que deve ser perseguida pelo Banco Central neste ano. Mas está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, e que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2019, o mercado financeiro reduziu sua expectativa de inflação de 4,24% para 4,20%. A estimativa do mercado está em linha com a meta central do próximo ano e também dentro da banda do sistema de metas (entre 2,75% e 5,75%).
Produto Interno Bruto
Para a expansão do PIB de 2018, os economistas dos bancos baixaram sua estimativa de crescimento de 2,90% para 2,87%. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continuou em 3%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%, mas voltou a registrar alta no ano passado. O crescimento foi de 1% em 2017.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 ficou estável em R$ 3,30 por dólar. Para o fechamento de 2019, subiu de R$ 3,38 para R$ 3,39 por dólar.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, subiu de US$ 54,5 bilhões para US$ 55 bilhões de resultado positivo.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit permaneceu estável em US$ 45 bilhões.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, continuou em US$ 80 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 80 bilhões.