As ações europeias caíram 11,5% nesta quinta-feira, sua pior perda diária registrada, já que as respostas dos governos e dos bancos centrais para combater o possível impacto econômico do coronavírus em rápida expansão tiveram uma recepção fria.

As ações das companhias aéreas, em particular, sofreram um grande impacto durante todo o dia, depois que os EUA restringiram as viagens da Europa, enquanto as ações dos bancos foram duramente atingidas em meio a sinais crescentes de dificuldades corporativas.

A falta de um corte nos juros pelo Banco Central Europeu rendeu pouco conforto às ações dos bancos, que caíram para mínimas novamente.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 11.53%, a 1,151 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 11.48%, a 295 pontos.

O STOXX 600 perdeu agora quase um terço e seu valor desde meados de fevereiro. Em outra indicação dos distúrbios no mercado, o Índice de Volatilidade do Euro STOXX, considerado uma medida de medo para os mercados, subiu para o nível mais alto desde a crise financeira de 2008.

“Por enquanto, temos que considerar e admitir que estamos neste ambiente de mercado bastante turbulento”, disse Philipp Brugger, chefe de estratégia de investimentos da Union Investment.

“Acreditamos que o foco deve estar realmente na provisão de liquidez para o sistema financeiro e no lado da solvência”, completou ele.

Ações na Itália, o país europeu mais afetado pelo vírus, encerraram com baixa de quase 17%, a pior sessão de todos os tempos. O governo italiano iniciou recentemente um bloqueio em todo o país.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 10,87%, a 5.237 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 12,24%, a 91.161 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 12,28%, a 4.044 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 16,92%, a 14.894 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 14,06%, a 6.390 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 9,76%, a 3.805 pontos. (Reuters)