Os preços das matérias-primas brutas pressionaram em outubro e o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 3,68%, depois de subir 3,30% em setembro, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, acelerou a alta a 4,86% no mês, depois de subir 4,38% em setembro.
Os preços das Matérias-Primas Brutas dispararam 6,78% em outubro, contra uma alta de 6,77% no período anterior.
“O aumento dos preços de commodities importantes vem sustentando repasses na cadeia produtiva que estão contribuindo para aceleração de bens intermediários (3,21% para 4,43%) e bens finais (2,74% para 2,95%)”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços
Para o consumidor, a inflação em outubro foi mais fraca, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– teve alta de 0,65% em outubro, ante 0,82% no mês anterior.
Educação, Leitura e Recreação desacelerou a alta em outubro a 1,81%, ante 3,19%, enquanto Transportes subiu 0,40% depois de alta de 0,78% em setembro.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,73% em outubro, depois de avançar 1,16% em setembro.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. (Reuters)