A Marfrig Global Foods tem registrado baixo nível de absenteísmo em suas plantas no Brasil durante o período de enfrentamento da pandemia de covid-19, disse o presidente das operações da empresa na América do Sul, Miguel Gularte, em teleconferência com analistas na terça-feira (19).

A empresa tomou medidas preventivas para evitar a propagação da doença logo no início do surto, informando funcionários sobre riscos, procedimentos e protocolos, segundo Gularte.

“A Marfrig entendeu que nós estávamos fazendo um trabalho essencial e esta noção deveria ser passada com claridade aos nossos colaboradores”, disse ele.

Uma doação semanal de carne para funcionários também incentivou a assiduidade, segundo o executivo.

“Isso fez com que a gente registrasse, no nosso caso, os menores índices de absenteísmo históricos”, disse Gularte.

Questionado sobre se a indústria brasileira de processamento de carne poderá enfrentar uma situação semelhante à observada nos Estados Unidos, onde o fechamento de muitos frigoríficos devido à pandemia reduziu drasticamente o suprimento de carne, Gularte disse que é difícil prever.

“A gente não tem informação suficiente para dar uma resposta fidedigna a essa pergunta. É possível? Sim. É provável? Aparentemente não é provável que aconteça isso”, disse ele.

“Estamos muito atentos, tomando todas as medidas preventivas e precauções necessárias para que, se isso ocorrer, a gente possa estabelecer planos de contingência.”

Nos EUA, onde a Marfrig opera por meio da National Beef Packing, a indústria de carne bovina atualmente está operando com 75% da sua capacidade de produção, de acordo com o presidente das operações da América do Norte da Marfrig, Tim Klein. Ele disse que espera que essa taxa aumente para 90% a 95% até o fim de junho ou julho. (CarneTec)