O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) lançou o relatório “Projeções do Agronegócio Brasil 2021/2022 a 2031/2032”, onde fez previsões sobre diversos setores, incluindo, o setor de carnes.
Confira abaixo quais são as previsões para o setor de carnes:
Antes de apresentar as projeções de carnes, procura-se ilustrar a atual distribuição do rebanho bovino, no que se refere ao número de animais abatidos. Segundo o IBGE, foram abatidas em 2021, 27,54 milhões de cabeças em todo o país. O Mato Grosso (16,2%), Mato Grosso do Sul (10,7%), São Paulo (10,5%), Goiás (10,8%), Minas Gerais (9,5%), Pará (8,2%), Rondônia (6,8%) e Rio Grande do Sul (5,8%), lideram os abates, com 78,4% dos abates no país. Os dados de efetivos de bovinos em 2022, indicam que o país possui neste ano, 214,5 milhões de cabeças (CONAB, 2022).
Entre as carnes, as que projetam maiores taxas de crescimento da produção anual no período 2021/22 a 2031/32, são a carne frango com 2,4%, suína com 2,4% e bovina com 1,3% ao ano. 

A produção total de carnes em 2021/22 está estimada em 28,5 milhões de toneladas, e a projeção para o final da próxima década é produzir 35,0 milhões de toneladas de carne de frango, bovina e suína. Essa variação entre o ano inicial da projeção e o final resulta num aumento de produção de 23,0%. O maior aumento de produção deve ocorrer em carne de frango, 25,6%, carne suína, 29,1% e carne bovina, 14,9%.

O crescimento anual projetado para o consumo da carne de frango é de 2,4% no período 2021/22 a 2031/2032. Em quantidade consumida, tem-se em 2031-32, 13,6 milhões de toneladas. 
A carne suína passa para o segundo lugar no crescimento do consumo com uma taxa anual de 2,3% nos próximos anos. Em nível inferior de crescimento situa-se a projeção do consumo de carne bovina, de 0,6% ao ano para os próximos anos.
Quanto às exportações, as projeções indicam elevadas taxas de crescimento para os três tipos de carnes analisados. As exportações representam a variável mais relevante no crescimento das carnes. As estimativas projetam um quadro favorável para as exportações brasileiras. A carne de frango, deve crescer 2,6% ao ano, bovina, 2,9% e suína, 3,1% Essas taxas podem ser consideradas elevadas. 
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2022) classifi ca o Brasil em 2031 como primeiro exportador de carne bovina, com 26,3% das exportações. A Índia vem como segundo, Austrália como terceiro e quarto os Estados Unidos. Nas exportações de carne de porco o Brasil é classifi cado em terceiro lugar, atrás da União Europeia e Estados Unidos. Em carne de frango, o Brasil fi ca em primeiro lugar nas exportações, com participação de 31,2% das exportações mundiais, seguido pelos Estados Unidos, 25,6%, e Tailândia, 8,3% do mercado mundial.
As exportações mundiais de carnes mostram-se favoráveis na próxima década. O USDA (2022) projeta acréscimo 17,4% nas exportações de carne de suínos, 24,7% nas exportações de carne de frango, e 19,7% de aumento nas exportações de carne bovina.
As exportações brasileiras de carnes ao final do período das projeções devem chegar a 11,2 milhões de toneladas, um aumento, portanto, de 30,5% em relação ao ano inicial, que foi de 8,6 milhões de toneladas exportadas. Os maiores acréscimos nas exportações de carnes devem ocorrer em carne suína 38,9%, carne bovina 34,1% e carne de frango 26,2%. 
Os grandes mercados para a carne bovina são representados por China, Estados Unidos e Japão. A China deve importar 30,0% da carne bovina exportada em 2031. Boa oportunidade para o Brasil, Argentina e outros. Segundo o USDA 2022, o Brasil deve aumentar as suas exportações de carne bovina em 43,3% até a próxima década. Para a carne de frango, 26,29%, e os principais destinos são Arábia Saudita, África Subsariana, China, México, Hong Kong, Japão, União Europeia. Para a carne suína, os principais mercados são: China, Japão, México, Coreia do Sul e Estados Unidos.
(BeefPoint)