O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está intensificando a vigilância nos aeroportos, portos e pontos de fronteira no Brasil para evitar a entrada da peste suína africana e da peste suína clássica, disse o ministro Blairo Maggi em vídeo divulgado na terça-feira (18).
Casos de peste suína africana foram identificados na China, Leste Europeu, Rússia e em parte da África neste ano, e a peste suína clássica foi verificada no Japão.
O ministro Maggi determinou ao Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) que reforcem a fiscalização de certificados de produtos de carne suína que entram no país.
Alimentos vindos dos países onde foram detectados focos da doença serão incinerados.
“Tomem o máximo de cuidado para não trazer comida pra cá nesse momento”, disse o ministro, se dirigindo aos viajantes internacionais.
Animais vivos e material genético importados serão mantidos em sistema de quarentena na Estação Quarentenária de Cananeia, no litoral de São Paulo, sendo liberados após a confirmação de que estão livres do vírus.
A entrada de bagagens e alimentos contaminados provenientes de áreas afetadas pela peste suína representa risco para os plantéis do Brasil, país que está livre da doença há mais de 30 anos e é um importante fornecedor internacional de carne suína.
O vírus da peste suína é resistente, permanece nas fezes dos animais por até três meses e em alimentos maturados por até nove meses, segundo informações divulgadas pelo Mapa.
A peste suína africana não é um risco para a saúde humana, porém, sua incidência costuma dizimar 100% dos suínos afetados, o que prejudica a agroindústria de países atingidos.
Não há vacina contra a doença. A transmissão em suínos e javalis ocorre por contato direto entre animais doentes, consumo de resíduos infectados, pela contaminação em equipamentos, veículos, roupas e sapatos. O carrapato G. Ornithodoros também dissemina a doença.