A diretoria do Banco Mundial está finalizando um pacote de alívio contra o coronavírus avaliado em até 160 bilhões de dólares nos próximos 15 meses, afirmou o presidente do banco, David Malpass, nesta quinta-feira.
“Os objetivos são reduzir o tempo de recuperação; criar condições de crescimento; apoiar pequenas e médias empresas; e ajudar a proteger os pobres e vulneráveis”, disse Malpass em comunicado divulgado após uma reunião de líderes do G20 nesta quinta-feira.
Ele acrescentou que a crise de saúde chegou perto de casa, pois a ex-diretora executiva do Banco Mundial para os EUA Carole Brookins morreu de Covid-19, a doença causada pelo coronavírus.
O Banco Mundial aprovou neste mês 14 bilhões de dólares em empréstimos e doações para reforçar as respostas médicas ao coronavírus, quantia que está incluída nos 160 bilhões de dólares.
Malpass disse que o banco agora tem novos projetos relacionados ao Covid-19 em andamento em 56 países e está incentivando outros bancos multilaterais de desenvolvimento a cofinanciar as próximas tranches. As entidades do Grupo Banco Mundial estão reestruturando projetos existentes em 24 países para direcionar fundos a emergências de saúde.
“Estou particularmente preocupado com países pobres e densamente povoados, como a Índia, onde os sistemas de saúde fracos precisam de investimentos massivos em capital humano, suprimentos e infraestrutura”, afirmou Malpass. “Estamos trabalhando duro para fornecer suporte através de nossas ferramentas do setor público e privado.”
A Corporação Financeira Internacional, braço do setor privado do Banco Mundial, está trabalhando em novos investimentos em 300 empresas e ampliando linhas de crédito e financiamento ao comércio e capital de giro, acrescentou.
Malpass e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, pediram na quarta-feira aos credores bilaterais que estendam o alívio da dívida para ajudar os países mais pobres a lidar com a pandemia.