Com a crise do novo coronavírus, a Maersk – operadora logística focada em navegação marítima – viu o fluxo de importações cair e as exportações aumentarem. A empresa mantém a previsão de crescimento de 3,8% para 2020 na soma do que importa e exporta. No entanto, a conta não é tão simples quando se leva em consideração que a empresa agora tem de se preocupar com a queda de estoque de contêineres. Eles levam mercadorias para outros continentes e não tem a mesma demanda para voltarem ao País.
“Tivemos de trazer contêineres vazios. Isso tem um custo alto. Para além disso, há toda uma mudança de planejamento. Na Ásia o fluxo principal era ‘Ásia – Brasil’, agora isso se inverteu”, diz Gustavo Paschoa, diretor comercial da Maersk para Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
No campo das exportações da empresa no primeiro trimestre de 2020, a demanda por papel e celulose cresceu 26%; a de algodão 64% e os grãos também avançaram. O milho, por exemplo, registrou alta de 62%. Nas cargas refrigeradas, a companhia viu alta de exportações nas carnes bovinas, suínas e frango.
“Temos padrões sanitários elevados. Não vejo impacto em nossas exportações em razão de discussões recentes nesse sentido”, diz Paschoa. Ele acredita que as empresas devem intensificar sua comunicação com outros países para deixar esses procedimentos claros. (AE)