A nova elevação dos juros norte-americanos (13/6/2018) corresponde a 7º elevação desde o final da crise.
Os aumentos já eram previstos e estão em certa medida precificados, oferecendo o tom de fortalecimento do dólar frente a uma cesta de moedas (e ainda com maior intensidade ao câmbio dos países emergentes).
A elevação desta tarde marca também a 2º alta do ano, de um total de três elevações previstas. Entretanto, o mercado já começa a colocar no radar a possibilidade de 4 altas até o final de 2018, o que pode gerar fortalecimento do dólar em maior intensidade.
Os números do PIB e a taxa de desemprego nos EUA oferecem suporte para a perspectiva de um reajuste positivo dos juros de forma mais rápida.
O FED subiu a projeção para o PIB, passando de 2,7% em março para 2,8% neste mês. E a estimativa para a taxa de desemprego caiu de 3,8% do cálculo de março para 3,6% até o final de 2018. Para o ano seguinte e para 2020, a perspectiva também recuou de 3,6% para 3,5%.
Ademais, o petróleo também fechou hoje em alta pela divulgação dos estoques norte-americanos. Os números vieram abaixo do esperado pelo mercado e impulsionaram as cotações futuras da commodity.
Portanto, a inflação norte-americana que já se registra em alta (em 12 meses passou de 2,5 para 2,8%) deve continuar avançando, e talvez em ritmo ainda maior.
Por fim, apesar das ações do Banco Central do Brasil que retiram parte da volatilidade cambial, o dólar vai continuar se fortalecendo, beneficiando a competividade do Brasil nas exportações enquanto encarece produtos dolarizados (ex: insumos e combustíveis).