As últimas aquisições realizadas pela JBS, somadas, devem gerar uma receita anualizada de R$ 5,3 bilhões para a companhia, estimou o vice-presidente e diretor de Relações com Investidores, Guilherme Cavalcanti. Em teleconferência com analistas, o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni destacou que, entre compras mais recentes estão a Tulip, líder na produção de carne suína e alimentos preparados com operações no Reino Unido, a finalização da compra da unidade de suínos em Seberi (RS) no Brasil, além os anúncio, pela Seara, de um acordo para aquisição da Marba, que aguarda uma decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“Um dos nossos focos estratégicos é crescer em produtos de valor agregado e com marca. As margens desses produtos são bastante superiores”, explica Tomazoni. No entanto, o executivo ressalta que a estratégia não exclui a avaliação de outros tipos de oportunidades. “Isso não quer dizer que não possamos investir em outros negócios”, acrescenta.

Ainda durante a teleconferência, o CEO destacou que, no terceiro trimestre desta ano, a geração de fluxo de caixa livre foi de R$ 3,7 bilhões, o que representa um aumento de 61,6% comparado com o desempenho obtido um ano antes, e de R$ 8,3 bilhões nos últimos 12 meses. “A empresa não tem o risco de refinanciamento, pois mesmo que não gerássemos caixa, temos capacidade para pagamento da dívida até 2025”, comenta Cavalcanti.

A JBS reduziu a dívida bruta em US$ 2,7 bilhões e a alavancagem caiu para 2,56 vezes na relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em reais, que era de 3,38 vezes no terceiro trimestre de 2018. Em dólar, ficou em 2,39 vezes, de 2,99 vezes há um ano, o que a administração afirma ser “os níveis mais baixos já registrados pela companhia.” (AE)