As margens do negócio de bovinos da JBS nos Estados Unidos estão no caminho para retomada dos níveis históricos, após atingirem recordes no ano passado, segundo executivos da empresa em teleconferência com analistas na sexta-feira (11).
“As margens estão voltando para um patamar histórico”, disse o presidente global de operações da empresa, Wesley Batista Filho.
Ele acrescentou que esse patamar normal de margens deverá situar-se nos “mid-single digits”, um crescimento no meio da faixa de projeção entre 0% e 9%.
A JBS informou na quinta-feira (10) que teve queda de 47% no lucro líquido do terceiro trimestre, para R$ 4 bilhões, principalmente devido à queda de 4,8% na receita líquida da JBS Beef North America, para R$ 29,15 bilhões.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da JBS Beef North America caiu 67,5% para R$ 2,5 bilhões. A margem Ebitda no terceiro trimestre foi de 8,7%, ante 25,5% no mesmo trimestre do ano passado.
Batista Filho disse que a demanda por carne bovina no mercado dos EUA continua forte e os resultados menores da unidade neste trimestre estão relacionados ao atual ciclo do gado no país.
O CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, disse que a diversificação geográfica do grupo, com produção de vários tipos de proteínas, colabora para mitigar potenciais impactos negativos de uma determinada unidade de negócios.
“Isso (diversificação) ainda não está precificado no mercado. A gente espera que com o tempo essa diversificação que demorou para ser construída possa ser reconhecida no nosso valuation”, disse.