O presidente global de operações da JBS, Gilberto Tomazoni, afirmou há pouco, em teleconferência sobre os resultados da empresa no primeiro trimestre de 2018 (1T18), que a alta competitividade na compra de gado e excesso de oferta de carne reduziram margens da companhia no Brasil no período. “Enfrentamos isso com a redução de custos, otimização da receita, (venda de) produtos processados e aumento nas exportações”, disse o executivo.

Por outro lado, Tomazoni afirmou que a operação de bovinos dos Estados Unidos da JBS “vive um momento positivo”, principalmente por conta do aumento da oferta de gado para o abate. A JBS registrou lucro líquido de R$ 506,5 milhões no primeiro trimestre de 2018, alta de 43,5% sobre os R$ 353 milhões de igual período de 2017 e revertendo prejuízo de R$ 345,1 milhões no quarto trimestre de 2017.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia nos três meses iniciais deste ano ficou em R$ 2,789 bilhões, alta de 30,3% em relação aos R$ 2,141 bilhões do mesmo período de 2017 e recuo de 13% ante os R$ 3,198 bilhões do trimestre final de 2017. A receita líquida da JBS no primeiro trimestre de 2018 somou R$ 39,78 bilhões, aumento de 5,8% na comparação anual.

Tomazoni destacou também que o plano de desinvestimento de R$ 6 bilhões ao longo de 2017 não impediu a JBS de “apresentar excelentes resultados ao longo dos trimestres. A empresa está focada na geração de caixa e desalavancagem, sem perder o foco no mercado. Na Austrália, o executivo relatou melhoras nas margens de vendas, mas citou as dificuldades na compra de bovinos.