O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu pelo quarto mês seguido em junho, em 5,6 pontos, a 95,5 pontos, retornando ao patamar próximo ao de janeiro de 2017, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mesmo período, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) cresceu pela segunda vez consecutiva, em +0,6 ponto, a 97,1 ponto, no mesmo nível de fevereiro deste ano.
Segundo a FGV, a quarta queda consecutiva do IAEmp sinaliza uma continuidade da fase de desaceleração do ritmo de aumento do total de pessoal ocupado no Brasil. “A queda do IAEmp mostra a perda de confiança de uma maior geração de emprego ao longo dos próximos meses”, avalia o economista da FGV, Fernando Barbosa Filho.
Para ele, a atividade econômica mais fraca reflete uma situação atual e futura dos negócios mais difícil. “O crescimento está abaixo do previamente esperado e, com isso, a consequência deverá ser uma menor contratação”, emenda.
Já o recuo do ICD reflete a taxa de desemprego ainda elevada e a recuperação mais lenta da atividade econômica. O indicador tem uma sinalização semelhante à taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. “Isso mostra que a situação atual do mercado de trabalho continua difícil, principalmente para as classes de baixa renda”, afirma Barbosa Filho.
A abertura do IAEmp mostra que todos os componentes do indicador registraram variação negativa entre maio e junho. No ICD, as classes de renda que mais contribuíram para a alta do indicador foram nos dois extremos, entre consumidores com renda familiar até R$ 2,1 mil e acima de R$ 9,6 mil.
A próxima divulgação dos indicadores de mercado de trabalho da FGV será em 7 de agosto. (CMA)