(Reuters) – O crescimento das exportações e importações da China desacelerou em dezembro, aumentando os sinais de perda de dinâmica econômica à medida que o governo estendeu a repressão aos riscos financeiros e à poluição das fábricas.
Em dezembro, as exportações do país aumentaram 10,9 por cento em relação ao ano anterior, superando a previsão de analistas de aumento de 9,1 por cento, mas menor que o ganho robusto de 12,3 por cento em novembro, informou a Administração Geral das Alfândegas nesta sexta-feira.
As importações cresceram em ritmo ainda mais lento, a 4,5 por cento sobre um ano antes, o mais fraco desde a expansão de 3,1 por cento em dezembro de 2016 e muito abaixo das previsões de crescimento de 13 por cento e da expansão de 17,7 por cento no mês anterior.
O saldo da balança comercial chinesa, em dezembro, ficou superavitária em 54,69 bilhões de dólares.
Um aumento sincronizado na economia global ao longo do ano passado tem beneficiado a China e grande parte da Ásia dependente do comércio, com as exportações chinesas em 2017 crescendo ao ritmo mais rápido em quatro anos.
A forte desaceleração das importações de dezembro, no entanto, alimenta preocupações de que a segunda maior economia do mundo enfrenta a pressão da demanda doméstica, enquanto as autoridades reduzem o crédito barato e restringem o financiamento especulativo.
“Desde há muito esperamos que a demanda doméstica e as importações da China diminuam em 2018 diante das políticas monetárias e financeiras cada vez mais apertadas e menor impulso da atividade imobiliária”, disse economista-chefe para a Ásia da Oxford Economics, em Hong Kong, Louis Kuijs.