(Reuters) – As importações de carne suína pela China em junho tiveram forte alta frente ao mesmo mês do ano passado, mostraram dados de alfândega nesta terça-feira, com o maior consumidor global da carne abastecendo estoques depois que um surto de peste suína no país africana dizimou seu rebanho doméstico.

A China importou 160.467 toneladas de carne suína em junho, um aumento de 62,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados da Administração Geral das Alfândegas. O número representa queda de 14% frente às 187.459 toneladas importadas em maio.

O aumento ocorre em meio à disseminação da peste suína africana no maior rebanho de suínos do mundo, o que tem reduzido a produção e pressionando os preços da carne favorita do país.

As importações de carne suína da China nos primeiros seis meses do ano atingiram 818.703 toneladas, um aumento de 26,3% em relação ao ano anterior.

Os preços da carne suína no atacado na China subiram rapidamente na primeira quinzena de março, provocando grandes compras de carne de mercados estrangeiros, incluindo os Estados Unidos. As cotações vêm subindo rapidamente nas últimas semanas, com o preço médio da carne suína no atacado subindo 36,4% em relação ao ano anterior, para 23,76 iuanes (3,45 dólares) por quilo em 19 de julho.

Os preços de carne suína no varejo também aumentaram nas últimas semanas, mas a um ritmo mais lento do que os preços de venda no atacado, com um aumento de 34,6% em relação ao ano anterior, para 27,29 iuanes por quilo em 10 de julho.

Enquanto isso, a produção de carne suína do primeiro semestre na China caiu menos que o esperado, diminuindo 5,5% para 24,7 milhões de toneladas.

A peste suína africana mata quase todos os porcos que infecta, mas não é prejudicial para seres humanos. Não há vacina ou cura para ela.