(Reuters) – A importação de soja produzida nos Estados Unidos pela China aumentou em abril, devido à diminuição inicial das tensões comerciais entre os países naquele momento, e as exportações brasileiras também subiram, já que os compradores adiaram a remessa dos pedidos de março devido ao benefício do corte de impostos sobre produtos agrícolas.
A China, maior comprador de soja do mundo, adquiriu 1,75 milhão de toneladas do grão norte-americano, 15,9% a mais do que em março, de acordo com dados da Administração Aduaneira Central.
As importações de soja dos EUA, segundo maior fornecedor da commodity para a China, praticamente zeraram depois de Pequim ter imposto tarifa de 25% nas remessas norte-americanas em julho passado, em meio a uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Após ambos os lados terem acordado uma trégua em 1º de dezembro, compras limitadas foram restabelecidas. Desde então, os chineses já compraram cerca de 14 milhões de toneladas de soja dos EUA.
Mas outros 6 milhões de toneladas de compras antecipadas podem estar sob risco depois que as relações entre os dois países pioraram no começo deste mês. Os dados de abril, portanto, não contabilizaram esse novo acirramento nas relações.
Em abril, a China comprou 5,79 milhões de toneladas de soja do Brasil, mais do que o dobro dos 2,79 milhões de março.
No total, as importações chinesas de soja chegaram a 7,64 milhões de toneladas no mês, 11% a mais do que em março. Os compradores se programaram para que as remessas chegassem em abril para aproveitar um corte no IVA (imposto sobre valor agregado), efetivo a partir de 1º de abril.