As importações chinesas de soja junto ao Brasil, seu principal fornecedor, dispararam em julho na comparação com o ano passado, mostraram dados de alfândega nesta terça-feira, à medida que carregamentos baratos comprados nos últimos meses chegaram ao país.
Os chineses, principais compradores de soja do mundo, receberam 8,18 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil em julho, aproveitando preços baixos devido à ampla produção no país, segundo números da Administração Geral de Alfândegas.
Isso representou alta de 27% ante os 6,42 milhões de toneladas em julho de 2019, mas ficou abaixo do recorde de 10,51 milhões de toneladas de soja importada do país da América do Sul em junho.
Em julho, importadores chineses receberam um total de 10,09 milhões de toneladas de soja em geral, impulsionados pela boa demanda do setor pecuário, à medida que este expandia sua produção para resolver uma escassez de carne suína no mercado doméstico.
A China importou apenas 38.331 toneladas em soja dos Estados Unidos em julho, uma fração dos 911.888 toneladas no ano anterior. Os números também representaram queda ante as 267.553 toneladas de junho.
As grandes importações do Brasil eram esperadas devido às boas margens de processamento nos últimos meses.
“Nós esperamos ver mais embarques dos EUA no quarto trimestre, uma vez que não haverá muitos grãos de outros lugares no mercado”, disse uma fonte em uma grande processadora, que falou sob condição de anonimato.
Os estoques nacionais de soja da China atingiram 7,83 milhões de toneladas na semana de 23 de agosto, o maior nível desde outubro de 2018. (Reuters)