O Estado de Mato Grosso comercializou 86% da safra de algodão 2019/20 e 51,8% da colheita de 2020/21, informou o responsável por soja do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Marcelo Durigon. O analista participou nesta tarde de evento do Imea para apresentar um balanço do setor agropecuário no Estado em 2020 e perspectivas para 2021. Durigon também lembrou do “baque” que o algodão sofreu globalmente por causa da pandemia de covid-19, que derrubou o consumo da fibra, mas acrescentou que aos poucos o comércio mundial começa a ser retomado, principalmente com compras da China. “A cultura (agrícola de exportação) que mais sofreu com a pandemia certamente foi o algodão, com queda abrupta de preços”, reforçou.
Ele mencionou, ainda, que há risco de pelo menos 20% da segunda safra da fibra em Mato Grosso ser semeada fora da janela ideal de plantio – em função de atrasos no plantio de soja. “A janela de algodão é mais curta do que a de milho safrinha”, ressaltou ele, acrescentando que, por causa desse risco de atraso no plantio e da queda de preços verificada em 2020 por causa da pandemia, a perspectiva é de que o cotonicultor mato-grossense reduza a área plantada em 10,6% em 2020/21, para 1,01 milhão de hectares.
Já a previsão de produtividade deve ficar em 116,43 arrobas por hectare e os estoques iniciais de passagem em apenas 8 mil toneladas de pluma. A produção está prevista em 1,77 milhão de toneladas de algodão em pluma e a exportação em 1,24 milhão de toneladas. (AE)