Gustavo Rezende Machado é trainee pela Agrifatto
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária – IMEA tratou no relatório de mercado desta semana sobre a queda de 12,66% do número de abates de bovinos entre agosto e setembro para o estado.
O período de estiagem em Mato Grosso foi o principal motivo para a movimentação negativa, já que comprometeu a capacidade de terminação dos animais a pasto.
Apesar da variação negativa, os 434 mil animais abatidos estão ainda 8,17% acima da média mensal para 2017. Já o volume de bovinos terminados em confinamento subiu, o abate de animais de 4 e 12 meses e de 12 e 24 meses ficou 20,66% acima do registrado em 2016 para os meses de agosto e setembro/17.
Desse modo, os dados além de confirmarem a escassez de oferta das últimas semanas, sinalizam também uma movimentação em proporção maior de animais terminados em confinamento a partir de agora.
O informativo econômico para o milho aponta informações acerca do ritmo de comercialização. Com a quebra de safra em 2016 que resultou em preços elevados, tinha-se nesse mesmo período 98,59% das negociações concretizadas, uma diferença de 13,46 p.p para os atuais 85,13% de comercialização da safra 2016/17.
Apesar do ritmo lento esse ano, as negociações contaram com aumento em relação à semana anterior com preço médio praticado em setembro de R$ 16,60/saca de 60 kg.
A safra 2017/18 também conta com baixa liquidez, até o momento 5,34% do cereal foi negociado, sendo 13,74 pontos porcentuais inferior aos 19,08% para o mesmo período do ano passado. O foco das negociações se dá em acordos de troca, e a queda se deve aos baixos preços praticados e a indefinição da safra por riscos climáticos.
Portanto, as altas das cotações a partir da segunda metade de 2018 (gráfico 1) podem ser suavizadas pela produção recorde de milho da safra 2016/17 e os altos volumes do cereal a ser ainda comercializados.